Autopercepção de saúde e doenças e agravos não transmissíveis em trabalhadores em turnos fixos
2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 5 Linguagem: Português
10.54033/cadpedv21n5-151
ISSN1983-0882
AutoresRonne Souza, Rafael Netto, Isabelle Helena Rodrigues Bertuol, Silvana Glicéria Firmino, Thiago Soares Pimenta, Moisés Fernandes Lemos, Graciele Cristina Silva Leão, Roselma Lucchese,
Tópico(s)Occupational Health and Safety Research
ResumoA sociedade contemporânea está ininterruptamente dependente da globalização econômica e imersa em jornadas de trabalho de 24 horas, devido à necessidade laboral. Alterações no padrão de sono favorecem o adoecimento biopsicossocial e consequente agravamento de doenças crônicas não transmissíveis entre os trabalhadores em turnos. Pouco se sabe sobre qual turno de trabalho atípico está mais propenso ao desenvolvimento destas doenças. Realizou-se estudo transversal seccional investigou a autopercepção de saúde e a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em trabalhadores em quatro turnos fixos (matutino, diurno, vespertino e noturno), sendo 1.215 trabalhadores de uma empresa agroindústria de processamento avícola localizada na região Central do Brasil. A coleta de dados foi por meio de instrumento semiestruturado com informações sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde e coletou-se medidas antropométricas (peso, altura, cálculo do Índice de Massa Corporal – IMC e circunferência abdominal). Observou-se alteração da circunferência abdominal em todos os turnos, e, apesar da alta prevalência de indivíduos eutróficos, houve um percentual significativo com sobrepeso e obesidade. A autopercepção de saúde divergiu do estado nutricional, revelando desconexão entre a percepção subjetiva e a realidade objetiva da saúde dos entrevistados. Na investigação sobre doenças crônicas e o uso de medicação destacou uma baixa proporção de relatos de condições crônicas, com discrepâncias entre aqueles que possuíam a doença e os que realizavam farmacoterapia. Os resultados evidenciaram diversas vulnerabilidades dos trabalhadores quanto à percepção de saúde, estado nutricional, corroborando a necessidade de intervenções visando reverter e prevenir doenças e agravos não transmissíveis considerando que são adultos jovens.
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