Artigo Acesso aberto

LEODEGÁRIA BRAZÍLIA DE JESUS: A POESIA COMO PROCEDIMENTO E CHAMA EM GOIÁS

2024; Volume: 33; Issue: 2 Linguagem: Português

10.18224/frag.v33i2.13480

ISSN

1983-7828

Autores

Cristiano Santos Araújo,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Este ensaio tem por objeto a obra Corôa de Lyrios (1906) da poeta goiana Leodegária Brazília de Jesus (1889-1978). O objetivo deste texto é analisar, entre recortes, os 30 poemas do livro, 18 sonetos e 12 versos livres, bem como realizar uma ação honrosa e memorial ao pioneirismo de uma jovem mulher, goiana, preta, poeta e seus embates líricos como a primeira a publicar livro de poesia em Goiás. Destacam-se as pertinências literárias, sociais, acadêmicas e científicas no olhar mais atento sobre a obra da pioneira da poesia na velha Goiás a fim de auscultar as imagens, os sons e os silêncios do respirar lírico da poesia goiana do início do século XX. Como fonte primária utiliza-se o texto original de Leodegária que está integral por meio de fac-similes em Lavras de Goiases III (2001), organizado por Darcy França Denófrio, que também nos serve como fonte secundária em seus diversos comentários aos contextos literários e extraliterários sobre a obra e sobre a poeta. Para tal empreitada da base conceitual têm-se três críticos literários, um russo, um francês, e um inglês: Viktor Chklovski (1984) no texto A Arte como procedimento; Gaston Bachelard (1989) na obra A chama de uma vela; Terry Eagleton (2006) no conceito sobre O que é literatura? Não obstante à fonte primária, em diálogo com as fontes secundárias, prioriza-se neste ensaio o texto literário leodegariano e a interioridade do eu lírico juvenil primevo. Dessa forma, faz-se uma metacrítica literária da arte da poesia como procedimento e chama de uma maneira peculiar de pensar por imagens da poeta Leodegária Brazília de Jesus na percepção dos operadores do logos em si e logos do outro no procedimento da essência lírica pioneira da poesia goiana.

Referência(s)