
Angústia em Kierkegaard em Suas Diferentes Apropriações: Existencial-Humanista e Fenomenológico-Existencial
2024; Volume: 24; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5020/23590777.rs.v24i1.e12803
ISSN2359-0777
AutoresMaitê Sartori Vieira, Ana María López Calvo de Feijoo, Myriam Moreira Protásio,
Tópico(s)Literary and Philosophical Studies
ResumoEste estudo teórico tem como objetivo esclarecer se duas perspectivas em psicologia, denominadas existencial-humanista e fenomenológico-existencial, podem ser compreendidas em seus estudos e práticas como tendo o mesmo desenvolvimento e fundamento com relação ao tema angústia. Para tanto, primeiramente descrevemos a concepção de angústia, tal como desenvolvida por Sören A. Kierkegaard, para depois mostrarmos o modo como as duas perspectivas se apropriam do que o filósofo elaborou. Elegemos esse estudioso por sabermos que a angústia, tal como ele a compreende, tornou-se paradigmática em diferentes estudos sobre o psiquismo humano e foi amplamente discutida nessas duas perspectivas da Psicologia. A questão norteadora desse estudo foi saber se as divergências no modo de compreender o conceito de angústia por si só são suficientes para esclarecer se se tratam de duas perspectivas distintas. No sentido de buscar esclarecer essa questão, estudamos minuciosamente o conteúdo da obra O conceito de angústia de Sören A. Kierkegaard, realizamos uma pesquisa bibliográfica aos escritos de Rollo May, psicólogo expoente da abordagem existencial-humanista, que trata do tema em uma perspectiva da psicologia e da psicoterapia e, por fim, buscamos nos estudos de Feijoo e Protasio, que versam sobre a angústia na perspectiva fenomenológico-existencial, o modo como essas autoras se apropriam da concepção de angústia desenvolvida pelo filósofo. Vimos, em linhas gerais, que a angústia, tal como compreendida pela perspectiva existencial-humanista, divide-se em normal e patológica; já na compreensão fenomenológico-existencial, a angústia aponta para uma indeterminação originária que é o fundamento da liberdade. Concluímos, assim, que essas duas perspectivas divergem no que diz respeito à compreensão do conceito de angústia.
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