Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Vacinação contra o HPV em meninos de um município do interior de Alagoas

2023; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202335s1093

ISSN

2177-8264

Autores

Nayara Rafaella Holanda Oliveira de Macêdo, Jéssica Pinheiro de Souza, José Anderson dos Santos, Gisele Barbosa Miranda, Gleicy Kelly Marques Gabriel, Meirielly Kellya Holanda da Silva, Mauro Romero Leal Passos,

Tópico(s)

Cervical Cancer and HPV Research

Resumo

Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) infecta epitélios escamosos e pode produzir diversas lesões cutaneomucosas, além de lesões precursoras de câncer anogenital, orofaringe, cabeça e pescoço. É a infecção sexualmente transmissível (IST) mais frequente em todo o mundo. No Brasil, infelizmente, não é obrigatória a notificação de casos de doenças por HPV. A vacina aplicada é a quadrivalente contra o HPV, confere imunização aos subtipos 6 e 11 (baixo risco oncogênico), 16 e 18 (alto risco oncogênico), distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos/meninas entre 9–14 anos, com esquema de duas doses. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da vacinação contra HPV em meninos, no município de Arapiraca, Alagoas, entre 2017 e 2022. Métodos: Pesquisa epidemiológica e quantitativa, realizada em julho de 2023 no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de 2017–2022 no município de Arapiraca, Alagoas. Foram extraídas as variáveis ano e faixa etária de meninos que receberam doses da vacina quadrivalente contra o HPV. Resultados: Identificou-se um total de 16.593 doses administradas em meninos de 9 a 14 anos, sendo 67,05% (n=11.126) de primeira dose (D1) e 32,94% (n=5.467) de segunda dose (D2). O maior número de D1 foi na faixa etária de 11 anos (43,40%), enquanto D2 foi na faixa etária de 12 anos (32,43%). O ano com maior índice de D2 foi 2018 (27,21%). Das D1 administradas, apenas 49,13% completaram esquema. Conclusão: A população masculina, no período estudado, apresentou cobertura vacinal abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Considerando o impacto negativo das lesões e câncer provocados por esse vírus, é crucial realizar ações de educação em saúde junto à comunidade e às escolas para aumentar a adesão à vacinação contra o HPV no público masculino. Ideal, ainda, seria trocar para a vacina nonavalente contra HPV (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58), como fazem os países de alto desenvolvimento.

Referência(s)