Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

cão sem plumas, de João Cabral de Melo Neto: fragmento poético-alegórico do humano

2024; UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI; Volume: 13; Issue: 1 Linguagem: Português

10.47295/mgren.v13i1.1097

ISSN

2317-0433

Autores

João Batista Pereira, Fabiana Pasini Lira,

Tópico(s)

Linguistics and Language Studies

Resumo

Este artigo visa a identificar como a alegoria colabora na apreensão do poema O cão sem plumas, de João Cabral de Melo Neto, cuja análise foi norteada por pressupostos teóricos defendidos por Walter Benjamin (2004), João Adolfo Hansen (2006), Erich Auerbach (2006), Umberto Eco (2010) e Sérgio Paulo Rouanet (1984). Ao estabelecer a leitura do poema cabralino à luz da alegoria na Antiguidade Clássica, embasada na retórica, e na modernidade, vinculada à história, o método dialético permitiu registrar um produtivo diálogo entre texto e contexto. A resultante estética dessas inferências alude à configuração de um cão antropomorfizado que espelha o rio Capibaribe, imagem que, deslocada no tempo, permitiu observar a degradação ambiental e a exploração de homens situados à margem do desenvolvimento social na cidade de Recife.

Referência(s)