Mudanças na prevalência de infecções sexualmente transmissíveis autorreferidas em população jovem no Brasil
2023; Linguagem: Português
10.5327/dst-2177-8264-202335s1157
ISSN2177-8264
AutoresTássia Rolim Camargo, Paulo Rocha Dornelles, Natália Luiza Kops, Ana Paula Muterle Varela, Amanda de Carvalho, Fernando Hayashi Sant’Anna, Camila Bonalume Dall’Aqua, Eliana Wendland,
Tópico(s)Sex work and related issues
ResumoIntrodução: Várias infecções sexualmente transmissíveis (IST) têm apresentado taxas crescentes na população brasileira. Jovens no início da atividade sexual constituem uma população vulnerável a essas infecções. Objetivo: Avaliar a taxa de positividade de IST autorreferidas (sífilis, herpes, gonorreia e verrugas genitais/HPV) em jovens no Brasil. Métodos: O POP-Brasil é um estudo transversal de abrangência nacional sobre a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e outras IST, com a inclusão de meninos e meninas de 16 a 25 anos que já tenham iniciado a vida sexual. O estudo apresentou duas fases (2015–2017 e 2021–2023) nas quais foram feitas perguntas acerca da presença de IST e questões sobre comportamento sexual, entre outros. Resultados: O percentual de IST autorreferida diminuiu de 16,8% (intervalo de confiança de 95% [IC95%] 15,3–18) para 8% (IC95% 7,4–10) entre as duas ondas do estudo. Na primeira, a IST mais relatada foi gonorreia (3,97%, IC95% 3,06–5), seguida por verrugas genitais/HPV (3,25%, IC95% 2,70–4) e sífilis (2,94%, IC95% 2,37–4). Já na segunda fase, as IST mais relatadas foram sífilis (8,08%, IC95% 6,03–11), herpes (0,84%, IC95% 0,6–0,1) e verrugas genitais/HPV (0,80%, IC95% 0,5–1). Conclusão: Embora tenha havido uma uma redução global no relato de IST, houve um aumento importante de sífilis autorreferida. A vigilância epidemiológica desse agravo deve ser mantida e medidas para o diagnóstico, o tratamento e a prevenção precisam ser intensificadas nessa população.
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