Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Análise epidemiológica de sífilis em gestantes adolescentes na microrregião de Ribeirão Preto

2023; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202335s1169

ISSN

2177-8264

Autores

Narima Caldana, Ana Guimarães, Luísa Rodrigues Romeiro, Julia Buranello Rigo, Luiza Ferreira Costa, Anna Luiza Lobo Trevisan, Melissa Santos Chagas, Raquel Barbosa Taveira, Camila Miguel de Moura, Luca Silva Facciolo,

Tópico(s)

Syphilis Diagnosis and Treatment

Resumo

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença oferece consequências aos conceptos, como abortamento espontâneo, malformação fetal, parto prematuro e morte neonatal. Objetivo: Analisar a infecção por sífilis em gestantes adolescentes da microrregião de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), entre 2010 e 2020. Métodos: Dados coletados pelo DATASUS, filtrando as cidades da microrregião de Ribeirão Preto (Barrinha, Brodowski, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho) que apresentam casos de sífilis em gestantes com idade de 10 a 19 anos, entre 2010 e 2020. Resultados: Foi possível observar 368 casos confirmados no período de 2010 a 2021, dos quais 72% se concentram em Ribeirão Preto, a principal cidade da microrregião, seguido por Sertãozinho (8,42%) e Pontal (4,89%). Não há casos de nascidos vivos com sífilis congênita na faixa etária citada, na mesma região. Conclusão: O tratamento é realizado com penicilina benzatina, com 7.200.000 UI e, ainda assim, o feto é considerado potencialmente infectado, caso seja realizado após a 14ª semana de gravidez. A ausência de casos contabilizados de sífilis congênita, ao menos em mães adolescentes no período compreendido, demonstra eficiência dos sistemas de saúde locais em diagnosticar, monitorar e tratar corretamente a doença, impedindo com sucesso a contaminação fetal e as complicações conhecidas da sífilis congênita, consequência direta da sífilis gestacional não tratada.

Referência(s)