Prevalência de HIV autorreferido em população jovem: uma comparação entre duas fases do estudo pop-brasil
2023; Linguagem: Português
10.5327/dst-2177-8264-202335s1159
ISSN2177-8264
AutoresRafael Steffens Martins, Tássia Rolim Camargo, Natália Luiza Kops, Fernando Hayashi Sant’Anna, Camila Bonalume Dall’Aqua, Eliana Wendland,
Tópico(s)Adolescent Sexual and Reproductive Health
ResumoIntrodução: Os dados de HIV/AIDS diferem conforme a região e população do Brasil, apresentando taxas maiores nas regiões Sul e Norte. Na última década, a detecção de HIV tem aumentado entre homens jovens. Objetivo: Avaliar a prevalência de HIV autorreferido em jovens nos períodos de 2015 a 2017 e de 2021 a 2023 no Brasil. Métodos: Estudo transversal, realizado em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal, com a inclusão de jovens de ambos os sexos, de 16 a 25 anos, com vida sexual ativa. Todos os participantes responderam a uma entrevista sobre aspectos socioeconômicos, comportamentos, infecções sexualmente transmissíveis (IST), entre outros. Resultados: A prevalência de HIV autorreferido aumentou de 1,40% (intervalo de confiança de 95% [IC95%] 0,8–2) na primeira etapa do estudo para 1,99% (IC95% 1,4–3) na segunda etapa. A região com a maior prevalência na primeira etapa foi a região Sul (4,7 vs. 2,75% na segunda fase), enquanto a região Nordeste apresentou a maior prevalência na segunda fase (3,1 vs. 0,8% na primeira). Homens apresentaram maior prevalência de HIV em ambos os períodos quando comparados com as mulheres: 2,6 vs. 0,6% (p=0,002) e 3,4 vs. 0,8% (p<0,0001), respectivamente. Conclusão: Houve um aumento na prevalência entre os dois períodos, especialmente na região Nordeste. Homens apresentaram maior prevalência de HIV em ambas as fases do estudo, corroborando com os dados do Ministério da Saúde quanto à desproporcional prevalência de HIV em meninos em comparação às meninas. Assim, sugere-se o investimento em políticas públicas quanto à educação em saúde para essa população.
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