Prevalência de sífilis autorreferida em população jovem: resultados preliminares do estudo de prevalência do papilomavírus no Brasil (POP-Brasil 2)
2023; Linguagem: Português
10.5327/dst-2177-8264-202335s1162
ISSN2177-8264
AutoresAmanda de Carvalho Robaina, Tássia Rolim Camargo, Natália Luiza Kops, Fernando Hayashi Sant’Anna, Camila Bonalume Dall’Aqua, Eliana Wendland,
Tópico(s)Syphilis Diagnosis and Treatment
ResumoIntrodução: A situação epidemiológica de sífilis adquirida apresenta crescimento contínuo ao longo da última década no Brasil. Em 2021, o país apresentou a maior taxa de detecção de sífilis da década: 78,5 casos/100.000 habitantes. Objetivo: Avaliar a prevalência de sífilis autorreferida em jovens que participaram do Estudo de Prevalência do Papilomavírus no Brasil (POP-Brasil 2). Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado entre 2021 e 2023 em todas as capitais do país e no Distrito Federal. Foram incluídos jovens (meninos e meninas) entre 16 e 25 anos, que já iniciaram a vida sexual. Foi realizada uma entrevista sobre aspectos sociodemográficos, socioeconômicos e sobre comportamento sexual, incluindo questões sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST). Resultados: A prevalência de sífilis autorreferida entre jovens foi de 8,08% (intervalo de confiança de 95% [IC95%] 6,10–11). Não houve diferença significativa na prevalência entre os sexos. Foram associados à prevalência de sífilis o uso de álcool ou drogas ilícitas (p=0,002) e a orientação sexual (p=0,03), na qual participantes homossexuais (13,77%) ou bissexuais (15,23%) apresentaram maior prevalência. Conclusão: A associação entre a prevalência de sífilis e o uso de álcool ou drogas ilícitas sugere que os jovens nessa condição estão mais vulneráveis a não usar preservativo nas relações sexuais, deixando-os mais expostos às infecções. Além disso, os resultados indicam maior vulnerabilidade às IST das pessoas que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo ou de ambos os sexos. Dessa maneira, faz-se necessário promover atividades de educação em saúde aos jovens a fim de ampliar o conhecimento sobre saúde sexual, IST, bem como as formas de prevenção e tratamento.
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