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Operação Verão no Paraná: estratégias de diagnóstico das IST/HIV e hepatites virais

2023; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202335s1194

2177-8264

Maria da Penha Francisco, Mara Carmen Ribeiro Franzoloso, Acacia M. Lourenço Francisco Nasr,

Adolescent Sexual and Reproductive Health

O Brasil se destaca pela resposta social/institucional no enfrentamento ao HIV/AIDS, às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e às hepatites virais, assim como por conduzir ações em relação ao acesso universal e ao cuidado integral. Por sua vez, o Paraná é pioneiro na descentralização dos testes rápidos para as unidades de saúde, estratégia que leva a ampliação do acesso ao diagnóstico de forma mais equânime aos paranaenses, contudo ainda não é suficiente. O programa Operação Verão, criado pelo poder Executivo e executado por diferentes áreas de atuação do governo Estadual, apresenta-se como uma alternativa; na saúde, tem como componente o incentivo financeiro de custeio, a ser repassado do Fundo Estadual de Saúde para os Fundos Municipais dos municípios do Litoral Paranaense e outros oito municípios com prainhas de água doce. O objetivo principal é qualificar o atendimento à população flutuante, em virtude do afluxo populacional excepcional, historicamente observado no período de final de ano e férias escolares nesses municípios. As ações concentram-se em vigilância em saúde e ações de urgência e emergência, além do já ofertado. Assim, o enfrentamento ao HIV/AIDS, às IST e às hepatites virais ganha um reforço por meio de ações extramuros, sendo organizados espaços de testagem rápida em locais de fácil acesso em dias e horários alternativos aos turistas e à população local em geral. A estratégia tem gerado resultados satisfatórios, tanto do ponto de vista de aceitação em realizar os testes quanto ao ambiente: diferentemente da unidade de saúde, as pessoas se sentem mais à vontade, e mesmo nos resultados reagentes tratam de forma mais leve, desmistificando principalmente questões ligadas ao teste de HIV. Assim, sabe-se que o diagnóstico precoce é essencial para o alcance das metas estabelecidas: eliminação, risco zero de transmissão e cura, e que essa estratégia deve alcançar mais municípios no Estado.