Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Análise Existencial e Absurdo na Filosofia Literária de Albert Camus: a revolta estudantil estadunidense e francesa contra a guerra Israel- Hamas como reflexo da luta do homem contra o absurdo da vida

2024; Sindicato das Secretárias do Estado de São Paulo; Volume: 15; Issue: 5 Linguagem: Português

10.7769/gesec.v15i5.3840

ISSN

2178-9010

Autores

Renato Almeida de Moraes, Filipe Zanuzzio Blanco, Ricardo dos Reis Silveira, Cristiane Ribeiro Pires,

Tópico(s)

Psychology and Mental Health

Resumo

O artigo analisou a relevância do conceito de absurdo de Albert Camus para os protestos estudantis contra a guerra Israel-Hamas, gerando conflitos entre jovens e policiais nos países do Norte. Camus é considerado mais robusto que as teorias contemporâneas para explicar movimentos extremistas. A mídia do Norte aborda esses protestos de formas diferentes. Le Monde, em artigo de 02/05/2024, apresentou o movimento dos estudantes da Sciences Po, em Paris, como reflexo de uma cultura jovem globalizada focada em direitos humanos, reforçando a análise de Camus sobre o absurdo da vida e a necessidade de revolta. Em Nova Iorque, os protestos estudantis se concentram nas relações geopolíticas entre EUA e Israel, refletindo a condução do governo Biden sobre a questão. Percebe-se que os jovens franceses tratam temas universais, enquanto os estadunidenses se voltam para questões domésticas. O artigo utilizou a análise dos textos de Camus, especialmente A Peste, O Mito de Sísifo e O homem revoltado. Em O homem revoltado (2011), Camus aborda o absurdo entre as expectativas humanas e a irracionalidade do mundo, levando à revolta. O artigo sustenta que a revolta dos estudantes é um grito por liberdade e dignidade humana diante de um mundo irracional. Para Camus, acreditar na inexorabilidade da vida é desacreditar o homem de sua liberdade e responsabilidade. Assim, o movimento dos estudantes encarna a vida humana livre e digna, enfrentando a dinâmica absurda de uma vida irracional que destrói a esperança.

Referência(s)