Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Atitudes e comportamentos relacionados ao risco de infecções sexualmente transmissíveis: uma comparação entre estudantes de áreas da saúde com outras áreas

2023; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202335s1249

ISSN

2177-8264

Autores

Ana Paula Ferreira Holzmann, Ana Paula Forte Camameiro, Aliene Cunha Oliveira, João Luiz Grandi, Dulce Aparecida Barbosa,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) representam grave problema de saúde pública e afetam particularmente indivíduos jovens. Objetivo: Comparar atitudes e comportamentos relacionados ao risco de IST entre estudantes de áreas da saúde e outras áreas. Métodos: Estudo transversal, realizado com estudantes de duas instituições de nível superior de Coimbra, Portugal, no ano de 2022. Amostragem selecionada por conveniência. O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado, enviado via on-line. Foram incluídos estudantes de 18 a 25 anos. A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste de χ2. Os aspectos éticos foram respeitados. Resultados: Participaram do estudo 515 estudantes, sendo 41,6% de cursos da área da saúde e 54,4% de outras áreas. Predominaram estudantes do sexo feminino (80,5%), solteiros (98%), de cor autorreferenciada como branca (93,6%), religião católica (67,7%) e com idade média de 20 anos (desvio padrão [DP]=1,8). A maioria se declarou heterossexual (84,4%) e sexualmente ativa (77,9%). No último semestre, o uso do preservativo foi mais frequente no sexo vaginal (53%), quando comparado ao anal (42,7%) e ao oral (18%), e na última relação sexual com parceiro casual (53%), quando comparado ao parceiro fixo (41,2%). A maioria dos estudantes faz uso de bebida alcoólica (90,2%) e 25% deixaram de usar preservativo após ingerir álcool. Já compartilharam alicates de unha (66,5%), escova dental (21%) e lâmina de barbear (23%). Do total de estudantes, 66,8% nunca se perceberam em risco para IST e 13,4% já se testaram para HIV. A distribuição das variáveis foi semelhante entre os grupos de estudantes, com exceção da testagem para HIV, que foi significativamente maior entre estudantes de outras áreas (p=0,014). Conclusão: Jovens universitários, independentemente de serem ou não da área da saúde, têm alta vulnerabilidade para IST e baixa percepção de risco. As instituições de ensino devem assumir o seu papel enquanto promotoras da saúde.

Referência(s)