
Prevalência de infecções sexualmente transmissíveis em homens cis gays com indicação de profilaxia pré-exposição ao HIV
2023; Linguagem: Português
10.5327/dst-2177-8264-202335s1218
ISSN2177-8264
AutoresFrancisco Álisson Paula de França, Tatianna Meireles Dantas de Alencar, Lilian Nobre de Moura, Marihá Camelo Madeira de Moura, Thiago Cherem Morelli, Beatriz Brittes Kamiensky, Ronaldo Campos Hallal, Maria Clara Gianna Garcia Ribeiro,
Tópico(s)Adolescent Sexual and Reproductive Health
ResumoIntrodução: Homens cis gays (HcG) com diagnóstico ou sintomáticos para infecções sexualmente transmissíveis (IST) têm risco aumentado de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Objetivo: Investigar a prevalência de IST em HcG que receberam prescrição de profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, baseado em dados secundários coletados em hospital de referência em doenças infecciosas do estado do Ceará, por meio das fichas de cadastro e primeiro atendimento de PrEP, disponíveis no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (período da coleta: junho a setembro de 2022). Os usuários que compuseram o estudo foram cadastrados nesse sistema entre dezembro de 2017 e abril de 2022. Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para expressar os resultados na forma de frequência absoluta, média e desvio padrão. Resultados: Dos 256 usuários cadastrados, 154 compuseram a amostra do estudo (intervalo de confiança de 95% – IC95%). A média de idade dos indivíduos foi de 32±9,8 anos, 53,7% se autodeclararam pardos e 66,9% tinham 12 anos de estudo ou mais. No primeiro atendimento de PrEP, 42,9% foram tratados ou diagnosticados com IST nos últimos 6 meses, com destaque para sífilis (36,2%) e gonorreia/clamídia (23,4%). Observou-se, ainda, que 41,3% dos indivíduos, nesse mesmo período, tinham sintomas de pelo menos duas IST. Quanto às práticas sexuais, 54,6% dos HcG revelaram fazer sexo com pessoas que vivem com HIV/AIDS, dos quais apenas 21,4% dos usuários relataram utilizar preservativo em todas as relações sexuais nos últimos três meses antes de começar a PrEP. Conclusão: A prevalência de IST em HcG atendidos para inclusão da PrEP foi representativa na amostra estudada. Testar regularmente, tratar e sensibilizá-los quanto ao uso do preservativo, além do uso da PrEP, é uma estratégia importante para diminuir a transmissão de IST e reduzir os riscos de infecção pelo HIV.
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