Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Precisamos falar mais sobre sífilis, sem preconceitos

2023; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202335s1276

ISSN

2177-8264

Autores

Mauro Romero Leal Passos, Thiago Petra, EDUARDO NUNES TENÓRIO, Renata de Queiroz Varella, Wilma Nanci Campos Arze,

Tópico(s)

Syphilis Diagnosis and Treatment

Resumo

Introdução: Quer entender o presente? Comece conhecendo o passado. Sífilis é uma doença imitadora. Pode estar em diferentes partes do corpo, da história, das artes. Objetivo: Apresentar uma exposição com dados da história, da ciência e das artes sobre sífilis. Métodos: Desdobramento de exposição (“Sífilis: História, Ciência, Arte”) acontecida no Paço Imperial, Rio de Janeiro, de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, conduzida pelo Ministério da Saúde, pela Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e pelo Setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Universidade Federal Fluminense (UFF). Resultados: Inaugurada em outubro de 2022 na Associação Médica Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro. Aberta ao público todos os dias, das 9h às 20h, gratuitamente. Apresenta peças raras, por exemplo: ampolas de neosalvarsan (derivado arsenical) da década de 1910; de penicilina (1940); de sulfa (1930); o busto de Girolamo Fracastoro; réplicas de quadros de Edvard Munch (A Herança); de Toulouse-Lautrec (Inspeção Médica); réplica de forno do século XVI para suadouro de pacientes com sífilis; do livro Syphilis Sive Morbus Gallicus (“Sífilis ou mal Francês”), de Girolamo Fracastoro, de 1530; única obra completa da versão do livro de Fracastoro no idioma português; releitura do quadro A Herança, de Munch, feita por Airá Ocrespo com concepção de Mauro Romero. A exposição apresenta ainda filmes sobre cinto de proteção para prostitutas europeias com sífilis que se negavam a tratar, sobre a dança dos treponemas com Fernanda Passos, mostrando exame em campo escuro com treponemas e seus movimentos. Além disso, há quadro, óleo sobre tela, retratando vulva e pênis com lesões de sífilis. A exposição apresenta também dados sobre filmes, canções, poemas, livros, folhetos, dados estatísticos e ações jurídicas sobre sífilis. Conclusão: A sífilis consome a humanidade há séculos. A sífilis nos inebria de história, arte e cultura. É possível enxergar a sífilis além de suas lesões, pois só assim será possível combatê-la de modo efetivo.

Referência(s)