Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Hipertensão Arterial Sistêmica como efeito adverso da reposição de eritropoetina no tratamento da doença renal crônica

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 3 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n3-156

ISSN

2595-6825

Autores

Daniel Aparecido dos Santos, Andrey Arantes Teodoro Filho, Débora Rosa Ferreira Pacheco, Letícia Neves Guimarães, Marianna de Moura Ibiapina, Murilo Souza Vieira da Silva,

Tópico(s)

Central Venous Catheters and Hemodialysis

Resumo

Discutir os potenciais riscos associados a reposição de eritropoietina no tratamento da doença renal crônica, em especial a hipertensão arterial sistêmica como um efeito adverso. Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Google Acadêmico e PubMed, utilizando os descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Anemia”, “Hipertensão Arterial Sistêmica” e “Doença Renal” combinados entre si pelo operador booleano AND. A doença renal crônica (DRC) é um quadro clínico complexo caracterizado por lesões nos rins que persistem por mais de três meses, independentemente da causa inicial, resultando em alterações estruturais irreversíveis e progressiva diminuição da função renal ao longo do tempo. Essa condição representa um desafio significativo devido à interferência nas funções renais essenciais, como regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico, síntese hormonal e excreção de resíduos metabólicos. Consequentemente, surgem complicações como retenção de toxinas, desequilíbrios eletrolíticos, hipertensão e anemia, impactando a qualidade de vida e aumentando o risco de complicações graves. A anemia é uma complicação comum na DRC, sendo atribuída, em parte, à presença de toxinas urêmicas e ao aumento do hormônio paratireoideano, que afeta a produção de eritrócitos. Além disso, a carência de eritropoietina e distúrbios nutricionais contribuem para a anemia nesses pacientes. A decisão de usar Agentes Estimuladores de Eritropoiese (AEE) no tratamento da anemia deve ser individualizada, considerando os benefícios potenciais, como melhoria na qualidade de vida e redução da morbidade relacionada à anemia, e os riscos conhecidos, como eventos cardiovasculares, hipertensão e trombose vascular. Em suma, a DRC exige tratamentos individualizados, com participação ativa dos pacientes, para combater a anemia e melhorar a qualidade de vida.

Referência(s)