Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Colangite Aguda - revisão literária

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 3 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n3-176

ISSN

2595-6825

Autores

João Pedro Toledo Lima de Alcântara, Christopher Barros Niederauer, Gustavo Conde Moura Pereira, Arnaldo Éder Kist, Julia Schreiber Melo de Oliveira, Maria Regina Marques Magalhães, Luiza Mattos Silvestri, Gabriel Buffon Cupertino, Priscila Albuquerque do Nascimento, J. A. Oliveira Rocha,

Tópico(s)

Pancreatitis Pathology and Treatment

Resumo

A colangite aguda é uma condição séria resultante da obstrução do ducto biliar, podendo ser desencadeada por coledocolitíase, síndrome de mirizzi ou causas iatrogênicas. Caracterizada pela tríade de Charcot - dor no quadrante superior direito, febre e icterícia - pode evoluir para a Pêntade de Reynolds, envolvendo um quadro séptico e diminuição do nível de consciência. O diagnóstico, baseado na clínica e critérios de Tokyo, requer intervenção emergencial com antibióticos e drenagem para desobstruir as vias biliares. A colangite é uma condição incomum, com menos de 200.000 casos diagnosticados anualmente nos Estados Unidos, afetando mais frequentemente pessoas entre 50 e 60 anos, sem predileção por sexo. Fatores de risco incluem parasitas gastrointestinais e anemia falciforme. A infecção bacteriana resulta da translocação ascendente de patógenos colônicos, destacando Escherichia coli como o principal agente. Os sintomas variam de leves a graves, podendo incluir febre, dor abdominal, icterícia e sepse. O diagnóstico é apoiado pelos critérios de Tokyo e exames laboratoriais. A ultrassonografia é o método inicial, mas a tomografia computadorizada e a ressonância magnética oferecem maior sensibilidade. O tratamento prioriza a antibioticoterapia precoce, além de intervenções cirúrgicas para desobstrução biliar. Nesse sentido, a abordagem cirúrgica, incluindo colangiopancreatografia retrograda (CPRE) e drenagem percutânea, desempenha um papel vital na desobstrução e controle da infecção, prevenindo complicações graves. O prognóstico é variável, com uma mortalidade menor em casos de tratamento precoce, mas elevada em situações graves. Estudos destacam a importância do manejo multidisciplinar e da pesquisa contínua para melhorar o prognóstico da colangite aguda.

Referência(s)