
Collaborative disaster mapping: openStreetMap data quality analysis and Cyclone Idai in Mozambique
2024; Volume: 44; Linguagem: Português
10.11606/eissn.2236-2878.rdg.2024.206736
ISSN2236-2878
AutoresIdalécio Pascoal Joaquim, Adriana Alexandria Machado, Silvana Philippi Camboim,
Tópico(s)Geographic Information Systems Studies
ResumoEm 2019, a Cidade da Beira em Moçambique foi assolada pela passagem do ciclone tropical Idai, deixando 90% da cidade destruída com mais de 600 vítimas fatais e milhares de pessoas necessitando de serviços essenciais de saúde. O mapeamento sistemático do país está desatualizado e com cobertura desigual, o que torna difícil a tomada de decisão face à vulnerabilidade constante do país a eventos como este. O mapeamento colaborativo do OpenStreetMap (OSM) tem sido considerado como alternativa em caso de ausência de mapas oficiais. Em caso de desastres, os contribuidores da organização Humanitarian OpenStreetMap Team (HOT) se unem para gerar dados geoespaciais de modo imediato para apoiar o resgate e assistência às populações desalojadas. Moçambique foi beneficiado com 64 campanhas de mapeamento humanitário, que produziram dados vitais para a preparação para os próximos desastres. Este artigo apresenta um método para avaliar os parâmetros intrínsecos de qualidade dos dados OSM produzidos entre 2015 e 2019 para a Cidade da Beira e analisar a influência das campanhas da HOT nas atividades relacionadas ao ciclone Idai. A análise dos resultados mostra que, apesar do grande volume de dados obtido, a maior parte deles foi gerada por usuários de outros países, carecendo de toponímia e da inclusão das comunidades locais. Esta experiência mostra a importância do estabelecimento de comunidades locais de mapeadores como a rede YouthMappers, para que seja fomentada a criação e uso de dados espaciais colaborativos para a preparação e resposta a desastres em contraponto ao colonialismo de dados.
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