Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Microbacia do Rio Sebastião: geoprocessamento aplicado ao planejamento e gestão ambiental

2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 6 Linguagem: Português

10.54033/cadpedv21n6-005

ISSN

1983-0882

Autores

Beatriz Aparecida Nunes Simão, Erleide Paula Santos Veríssimo, Erleide Paula Santos Veríssimo, Afonso Henrique Rodrigues de Oliveira Barros, Afonso Henrique Rodrigues de Oliveira Barros, Maria Jhulia Cordeiro Santos, Rosalvo Stachiw, Everton Barboza, Miquele Araújo dos Santos, Emanuel Maia, Antônio Augusto Marques Rodrigues, Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro, Rodrigo Santana Macedo, Karen Janones da Rocha, Renato Francisco da Silva Souza, João Ânderson Fulan, Jhony Vendruscolo,

Tópico(s)

Soil and Land Suitability Analysis

Resumo

A identificação e o mapeamento das características da paisagem na microbacia são fundamentais para conhecer os potenciais e as limitações dos recursos da natureza e, consequentemente, para subsidiar o planejamento e a gestão destes recursos em prol do desenvolvimento sustentável. Assim, o objetivo desse trabalho foi identificar e mapear as características hidrogeomorfométricas e analisar a dinâmica da cobertura do solo da microbacia do rio Sebastião. Os dados hidrogeomorfométricos foram obtidos por meio de sensoriamento remoto, geoprocessamento e equações, e os dados de cobertura do solo (1985, 1998, 2008 e 2022) foram adquiridos do projeto MapBiomas. A microbacia tem área de 8,20 km2, perímetro de 14,72 km, forma alongada, altitudes de 268 a 483 m, predominância de relevos ondulados (48,66%), baixa influência na propagação de incêndio em 57,68% da área, 74,88% da área apresenta aptidão à mecanização agrícola, rede de drenagem de 35,89 km, padrão de drenagem dendrítico, hierarquia fluvial de 5ª ordem (rio de porte médio com elevadas condições para habitação de peixes), 106 nascentes, densidade de nascentes muito alta (12,93 nascentes km-2), densidade de drenagem muito alta (4,38 km km-2), baixo coeficiente de manutenção (228,5 m2 m-1), canal principal reto e baixo tempo de concentração (1,04 h). No ano de 1985, a cobertura do solo era composta principalmente por floresta nativa, ocupando 65,86% (5,40 km2) da área da microbacia e 70,71% (1,69 km2) da área da zona ripária, seguida da pastagem (28,66% e 23,85%, respectivamente). No período de 1985 a 2022, a área de pastagem avançou sobre a área de floresta nativa, chegando a ocupar 65,12% da área da microbacia e 59,83% da área da zona ripária no último ano. Também foi observado o aumento da área de espelho d’água no ano de 2022, contudo, pode ser explicado pelo represamento do rio Branco, próximo ao exutório da microbacia, para a instalação da PCH Cachimbo Alto (2017). Conclui-se que a microbacia tem potencial para o desenvolvimento de atividades agropecuárias e florestais, contudo, as características da paisagem, associada a cobertura do solo em 2022, denotam a necessidade de adoção de práticas conservacionistas para mitigar o impacto antrópico nos recursos naturais.

Referência(s)
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