
Reações à igualdade de gênero e ocupação do Estado no governo Bolsonaro (2019-2022)
2024; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 30; Linguagem: Português
10.1590/1807-019120243013
ISSN1807-0191
AutoresFlávia Biroli, Luciana Tatagiba, Débora Françolin Quintela,
Tópico(s)Gender, Labor, and Family Dynamics
ResumoEste artigo se insere no debate sobre as reações à política feminista. No Brasil, essas reações foram assumidas como diretriz política durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022). Nesse período, o contramovimento antifeminista teve acesso à gestão pública, ocupando cargos em um governo de coalizão convergente, isto é, uma aliança governista heterogênea, que não inclui grupos orientados para a promoção da igualdade de gênero. O estudo analisa quem foram os atores e os efeitos de sua atuação em três ministérios: Mulher, Família e Direitos Humanos; Saúde; e Educação. Foram coletados dados sobre trajetórias e posições dos atores na gestão, evidenciando as políticas em que estiveram envolvidos. Eles apontam para a relevância de atores conservadores evangélicos e católicos, aliados em ações para bloquear agendas feministas e propor políticas que afirmam a ordem familiar tradicional.
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