Portal de Periódicos da CAPES

Artigo Acesso aberto Produção Nacional

BIBTEX RIS

Rosácea - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 3 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n3-360

2595-6825

Jéssica Valentim Salge, Júlia Carneiro Assunção Marconi, Marcela Silva Paiva, Beatriz Silva Costa, Luana Martins Ferreira de Morais,

Dermatologic Treatments and Research

A rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta principalmente adultos entre 30 e 50 anos, especialmente norte-europeus de pele clara. Caracteriza-se por períodos de exacerbação e remissão, manifestando-se em quatro subtipos: eritro telangiectásica (ETR), papulopustulosa (PPR), fimatosa e ocular. A complexidade da rosácea dificulta a classificação dos pacientes apenas com base nos subtipos, pois outras dermatoses podem coexistir, levando a uma abordagem diagnóstica potencialmente prejudicial. A condição impacta negativamente a qualidade de vida dos pacientes, tanto estética quanto emocionalmente, e pode resultar em diagnóstico tardio e tratamento ineficaz. A fisiopatologia da rosácea não é completamente compreendida, mas envolve disfunção imunológica, exposição à radiação ultravioleta (UV) e infecção por Demodex como gatilhos. A doença está associada a comorbidades sistêmicas, como doenças cardiovasculares, neuropsiquiátricas e gastrointestinais. O diagnóstico da rosácea é clínico, excluindo-se outras condições semelhantes, como acne e dermatite seborreica. A orientação para cuidados diários com a pele, incluindo o uso de protetor solar e hidratantes, é fundamental. O tratamento também inclui medidas dietéticas, dispositivos de luz, e terapias tópicas e orais. Agentes tópicos, como brimonidina e oximetazolina, e agentes orais, como tetraciclinas, são usados no tratamento. Em 2018, a prevalência global da rosácea era de cerca de 5,5% da população, sendo mais comum em idosos devido ao risco de comorbidades. A subdiagnóstico em pessoas com pele escura é uma preocupação, pois o eritema e outras características são menos perceptíveis. Em resumo, a rosácea é uma condição complexa que requer uma abordagem multidisciplinar para diagnóstico e tratamento, considerando a diversidade de manifestações e a necessidade de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.