“A fortaleza invisível”: reflexões sobre aspectos socioemocionais e de saúde mental das mães solos no Brasil
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 6 Linguagem: Português
10.55905/cuadv16n6-101
ISSN1989-4155
AutoresAntônio Nacílio Sousa dos Santos, Kennya Rodrigues Nunes, Samira Borges Ferreira, Bruno Rogério Ferreira, Flávia Madeira da Silva, Marcia Leão de Lima, Janaina de Sousa Gadelha, Moisaniel Oliveira Pinheiro, George Moraes De Luiz, Elry Cristine Nickel Valerio, Janderson Costa Meira, Layna Nunes Nascimento, Raissiana Andrade Vidal, Edgar Luiz Neves dos Santos, Isabelle Sena Gomes,
Tópico(s)Maternal Mental Health During Pregnancy and Postpartum
ResumoEsta pesquisa fundamentou-se em núcleos familiares economicamente desfavorecidos (rendimento mensal per capita familiar de até meio salário mínimo, equivalente a 660,00 reais) com informações atualizadas (entrevista efetuada nos últimos 24 meses) no Cadastro Único (CadÚnico) em outubro de 2023, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, sobre ocupação e trabalho, com o objetivo de refletir as condições socioemocionais e de saúde mental das mães solos que compõem cerca de 6.168.941 das famílias solos no país. Os dados também apontam que aproximadamente três em cada quatro lares de núcleos de família nesta faixa de renda são lideradas por mães solteiras, predominantemente pardas e com idades entre 25 e 34 anos. A pesquisa é de cunho qualitativo (Minayo, 2006; 2016), descritiva e correlacional, utilizando dados obtidos pelo CadÚnico e o IBGE atualizados no país. Teoricamente, bebemos das fontes de Diniz (2004) e Dias (2016) entre outros, ampliando nossa compreensão sobre este objeto investigado. Para a análise das evidências utilizamos a perspectiva compreensiva de Weber (2009) onde buscamos entender o que denominamos de “fortaleza invisível” que são as mães solos que vivem múltiplas situações que possuem forte rebatimento subjetivo, no aspecto da saúde mental. Os resultados da investigação demonstram que as mães solo, enfrentando diariamente a necessidade de desempenhar múltiplas funções sem contar com uma rede de apoio, sofrem com a desigualdade de gênero e os preconceitos associados ao seu estilo de vida. Essas condições impactam significativamente seu bem-estar socioemocional e, consequentemente, sua saúde mental.
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