
A recepção de Ez 26,1-28,19 em Ap 18,9-19
2024; Volume: 5; Issue: 9 Linguagem: Português
10.46859/pucrio.acad.rebiblica.2596-2922.2024v5n9a06
ISSN2596-2922
Autores Tópico(s)Development, Ethics, and Society
ResumoO Apocalipse de João utiliza as Escrituras Judaicas mais do que qualquer outro livro do Novo Testamento. João, o seu autor, recorre a imagens e tradições das Escrituras Judaicas, dando-lhes novos significados. Os destinatários do Apocalipse estavam também familiarizados com estas imagens e tradições e entenderiam o seu significado. Considerando isso, esse artigo procura analisar como Ap 18 retoma a profecia de Ezequiel sobre a queda de Tiro (Ez 26-28), que inclui os cantos fúnebres sobre a queda da cidade (Ez 26,15-18; 27,28-36) e o catálogo das mercadorias que Tiro negociava com diversas nações (27,12-25). A partir dos ecos da profecia de Ezequiel, João apresenta o lamento dos reis, mercadores e marinheiros sobre a queda da Babilônia (18,10-19). Nos seus lamentos, a presença dos temas riqueza, comércio marítimo, a lista de mercadorias, orgulho, palavras arrogantes e perguntas retóricas indicam tanto a presença de Ez 26,1-28,19 quanto a crítica econômica como um dos componentes inovadores de Ap 18.
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