Artigo Acesso aberto

Educação matemática e educação em ciências nos anos iniciais do ensino fundamental antirracista e decolonial: o jogo africano de Mancala Awelé e a semente africana Baobá no ensino de botânica

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 6 Linguagem: Português

10.55905/revconv.17n.6-230

ISSN

1988-7833

Autores

Carlos Luís Pereira, Marinete Santana Wutke Welme, José Áureo Soares de Jesus, Márcia Muricí Redivo Barbosa, Jair Miranda de Paiva, Márcia Regina Santana Pereira, Gilmene Bianco, Priscila Faria Moraes, Alexandre Marcellino de Mello, Micaela Pereira de Sousa Nascimento,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

O escopo central desta pesquisa aqui apresentada comprometida com uma educação, ensino e propostas didáticas na educação básica, em particular nos anos iniciais do Ensino Fundamental nas disciplinas de Ciências e Matemática na perspectiva antirracista e decolonial nos processos de ensino e de aprendizagem dos conteúdos de ensino em matemática das operações aritméticas de adição e subtração e, em Ciências no ensino de Botânica a partir da germinação da semente originária de Moçambique chamada de Baobá; Justifica-se a pesquisa com base na Lei nº10.639/2003, esta estabelece obrigatoriedade de inclusão no currículo em todas disciplinas escolares da História e da Cultura Afro-Brasileira e Africana em todas escolas brasileiras na Educação Básica. A questão problema foi: o ensino de conteúdos de Ciências e Matemática de conhecimentos sociocientíficos de matrizes africanas pode corroborar para construção da identidade étnica, racial e cultural positiva dos alunos afrodescendentes? A pesquisa realizada em 2022 numa escola da rede pública municipal de Teixeira de Freitas-BA, com alunos do 2° ano escolar; enquadrou-se na metodologia da abordagem qualitativa e nos objetivos da pesquisa exploratória sobre o tema proposto. Para coleta de dados recorreu-se a rodas de conversa, entrevistas semiestruturadas e registros individuais. O resultado mais expressivo revelou maior interesse dos alunos para aprender saberes de matrizes africanas.; constatou-se nos recorrentes discursos dos alunos que a escola não ensinada sobre as ciências e matemáticas africanas. Concluímos que tal pesquisa promoveu o cumprimento explícito da Lei nº10.639/03, além de promover possibilidades didáticas de uma educação antirracista e anticolonial.

Referência(s)