
Do “Mito da Caverna”, de Platão, ao cancelamento nas redes sociais
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 6 Linguagem: Português
10.55905/revconv.17n.6-287
ISSN1988-7833
AutoresAmerico Bedê Freire Júnior, Alessandra Lignani de Miranda Starling e Albuquerque,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO Mito da Caverna é uma alegoria apresentada pelo filósofo grego Platão em sua obra "A República" (Livro VII). Esta alegoria é utilizada para ilustrar a diferença entre o mundo sensível (das aparências) e o mundo inteligível (das ideias), bem como o processo de aquisição do conhecimento e a dificuldade de alcançar a verdade. A alegoria continua relevante hoje em dia, incentivando uma reflexão sobre como a educação, o preconceito e a resistência à mudança influenciam nossa compreensão do mundo. O trabalho aborda a transição do conceito filosófico do "Mito da Caverna", de Platão, para a contemporânea prática de cancelamento nas redes sociais. O objetivo geral é analisar como a alegoria platônica pode ser relacionada à dinâmica de exclusão e julgamento nas plataformas digitais. Os objetivos específicos são: 1) identificar os elementos do "Mito da Caverna" que podem ser aplicados ao comportamento online, 2) explorar a natureza do cancelamento nas redes sociais, e 3) discutir as implicações sociais e psicológicas dessa prática. O problema de pesquisa se configura na pergunta: "Como a alegoria do 'Mito da Caverna' pode ser utilizada para compreender o fenômeno do cancelamento nas redes sociais?" A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, revisando e correlacionando literatura filosófica e sociológica. Os resultados indicam que há paralelos significativos entre a percepção distorcida da realidade descrita por Platão e a forma como as redes sociais moldam e influenciam as opiniões públicas, frequentemente levando a julgamentos precipitados e à exclusão social. A conclusão sugere que a compreensão dessas dinâmicas pode promover um uso mais consciente e crítico das redes sociais.
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