O que a literatura surda e a libras ensinam a política educacional: uma discussão prevista na BNCC

2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 6 Linguagem: Português

10.54033/cadpedv21n6-268

ISSN

1983-0882

Autores

Leonardo Padilha dos Santos, Lourival José Martins Filho, Jonas Bento de Godoi, Geisielen Santana Valsecchi, Rogers Rocha, Thaís Rodrigues de Almeida, Franciane Maria Araldi, Diego Machado da Silva,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a área de linguagens da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) sob o ponto de vista dos estudos linguísticos na área da Educação de Surdos no Brasil. Os Estudos Surdos têm surgido nos movimentos surdos, nas práticas discursivas, das diferenças linguísticas e das lutas por poderes e saberes, dentro de uma perspectiva que evidenciam a língua de sinais, a cultura e a identidade surda. Nesse sentido, refletimos a respeito da área de linguagens da BNCC, ao considerarmos os direitos linguísticos da criança surda, sobretudo no que diz respeito ao acesso à Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a Literatura Surda desde a tenra infância. A Libras e a Literatura Surda são artefatos culturais das comunidades surdas essenciais para o desenvolvimento cognitivo/intelectual. Entretanto, a negação de saberes faz parte de um processo de invisibilização e ocultação, uma forma de apagamento cultural que contribui de forma direta, porém negativa, nos processos de ensino e aprendizagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa, com metodologia fundamentada no ciclo de políticas de Stephen Ball (1994). O apagamento da Libras e da Literatura Surda, na área de linguagens da BNCC é o ponto de ignição deste artigo. Por fim, a BNCC é um documento normativo, contemporâneo, que atualmente orienta a educação básica brasileira.

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