Abordagens terapêuticas e desafios na neurocirurgia neonatal: revisão bibliográfica
2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 6 Linguagem: Português
10.54033/cadpedv21n6-283
ISSN1983-0882
AutoresCarlos Walmyr de Mattos Oliveira, Sangia Feucht Freire Nasser Barbosa da Silva, Bruna Ferreira Lemos, Francisco José Pascoal Ribeiro Júnior, Hérika Juliana de Araújo Lucena, Dayane Karen Carvalho de Sousa, João Paulo Ortiz Miklós, Eduarda Ribeiro da Silva Dantas, Thamara Jesus Machado, Víctor César Vieira de Oliveira Barros, Rafaela Ezequiel Leite, Allan Maia de Jesus, Raquel Yuska Dantas, Pedro Henrique Cartaxo da Silva Sampaio, Vinicio Ramalho Rodrigues,
Tópico(s)Craniofacial Disorders and Treatments
ResumoO tratamento das anormalidades estruturais e funcionais do sistema nervoso central (SNC) em neonatos apresenta desafios complexos para neurocirurgiões e neonatologistas, exigindo uma compreensão detalhada dos processos fisiopatológicos para estabelecer abordagens terapêuticas eficazes. Este estudo revisa as abordagens terapêuticas e os desafios encontrados na neurocirurgia neonatal, focando em condições como hidrocefalia, defeitos do tubo neural e cistos intracranianos. A revisão bibliográfica foi conduzida sistematicamente, utilizando bases de dados biomédicas como PubMed, Scopus e Google Scholar, sem restrição de idioma ou data de publicação. Os resultados destacam que a maioria das intervenções neurocirúrgicas em neonatos pode ser classificada em drenagem ou desvio de líquido, fechamento de aberturas, remoção de tecido e abertura de fusões. A hidrocefalia neonatal, frequentemente resultante de hemorragia intraventricular, foi a condição mais comumente tratada. A abordagem inicial inclui métodos menos invasivos, como punções lombares seriadas e derivações ventriculossubgaleais, progredindo para derivações ventriculoperitoneais (VP) quando necessário. Complicações como a obstrução do cateter devido a altas concentrações de proteína no líquido cerebrospinal são comuns, e abordagens alternativas como sistemas de drenagem externa são utilizadas. Cistos intracranianos, geralmente cistos aracnoides, frequentemente não necessitam de intervenção cirúrgica, a menos que causem sintomas significativos. Quando necessário, técnicas como fenestração endoscópica ou microcirurgia aberta são preferidas. Defeitos abertos do tubo neural, como mielomeningocele, exigem intervenção precoce para prevenir complicações neurológicas e respiratórias. A precisão cirúrgica é crucial para preservar estruturas neuroanatômicas e garantir desfechos positivos. A revisão conclui que uma abordagem interdisciplinar, fundamentada em uma compreensão abrangente da fisiopatologia neonatal, é essencial para otimizar os resultados na neurocirurgia neonatal. A inovação contínua e a pesquisa adicional são necessárias para aprimorar as técnicas e melhorar a qualidade do cuidado para recém-nascidos com distúrbios neurológicos.
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