Incoerências doutrinárias na obra Evolução em Dois Mundos parte I: a questão do automatismo fisiológico

2024; Morcelliana; Linguagem: Português

10.22568/jee.v12.artn.010304

ISSN

2525-8753

Autores

Alexandre F. Fonseca,

Tópico(s)

Education Pedagogy and Practices

Resumo

Evolução em Dois Mundos, de autoria do Espírito André Luiz (AL), pela psicografia de Francisco C. Xavier e Waldo Vieira, é uma obra que introduz uma teoria sobre como o princípio inteligente (PI), da conceituação kardequiana, evolui através do contato com os seres vivos, dos mais simples até os mais complexos. A teoria propõe que o corpo espiritual dos seres vivos, desde os mais simples, se forma e registra em si as informações sobre os mecanismos fisiológicos que entretém e mantém suas vidas materiais. Nisso, AL propõe que o automatismo fisiológico do corpo humano seja decorrente de comandos do seu perispírito já que este teria em si, as informações sobre os mecanismos fisiológicos dos diversos seres vivos. AL pretende que sua teoria permita entender as razões do sofrimento das pessoas e a mensagem consoladora do Evangelho, já que o perispírito seria capaz de registrar desequilíbrios que no futuro comandariam a formação de corpos físicos doentes e deficitários. O presente estudo objetiva esmiuçar e esclarecer problemas doutrinários em torno desta obra de AL. Partindo de alguns princípios ensinados pela Doutrina Espírita (DE) sobre o fluido universal (FU), sua sensibilidade ao pensamento e vontade do ser inteligente e sobre o perispírito, como ele se forma e que alterações deve passar quando migra de ou para mundos materiais diferentes, mostro que a proposta de manutenção e gestão do automatismo fisiológico do corpo humano não pode depender da informação estar situada no perispírito ou, mesmo, no próprio PI. Mostro, também, que o equívoco da teoria de AL não implica em nenhum problema de natureza moral/evangélica com relação a lei de justiça, amor e caridade.

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