Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Pode o triângulo rosa falar?

2022; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 11; Issue: 21 Linguagem: Português

10.26512/museologia.v11i21.41507

ISSN

2238-5436

Autores

Benito Bisso Schmidt,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

O artigo analisa o lugar dos homens cisgêneros gays perseguidos pelos nazistas, em geral identificados como “triângulos rosa”, nas exposições de longa duração de duas das mais importantes instituições do mundo dedicadas à preservação e difusão da memória do Holocausto: o Museu Americano do Holocausto (Washington D.C.) e o Yad Vashem (Jerusalém). Com base em discussões sobre trauma e internacionalização da memória do Holocausto, identifica alguns lugares ocupados por essas vítimas: o lugar “para não dizer que não falei deles”, o lugar de “outras vítimas”, o lugar “de anexo” ou o simplesmente o lugar de silêncio. De modo geral, mostra que esses sujeitos vêm ganhando espaço na paisagem memorial do Holocausto, mas ainda são apresentados de maneira escassa, pontual e elíptica, sem interferir na interpretação geral do fenômeno. Por fim, apresenta questionamentos para motivar o debate sobre uma representação mais complexa dos triângulos rosa nas narrativas museais do Holocausto.

Referência(s)