Neuropatia pós artroplastia de quadril: uma abordagem terapêutica e reabilitacional
2024; Volume: 6; Issue: 7 Linguagem: Português
10.36557/2674-8169.2024v6n7p90-107
ISSN2674-8169
AutoresRayssa Almeida Nogueira, Camille Chaves Rangel Brito Salles, Allan Yukawa Schwartz, Lorenzo Soares Pinheiro de Faria, Mariana de Souza Barros Ferreira, João Victor Medina Motinho, Ademilson Saraiva Moulin Figueiredo, Pedro Henrique Ongaratto Rangel, Pedro Bandoli Freire, Gustavo Henrique Silva Rocha, Geraldo Pereira Cova Neto, Alana Cristina Canceglieri Stuhr, Thiago dos Santos Maciel,
Tópico(s)Peripheral Nerve Disorders
ResumoA artroplastia de quadril é um procedimento cirúrgico comum para tratar condições debilitantes do quadril, como artrite e fraturas. Embora eficaz, a cirurgia pode levar à neuropatia pós-artroplastia de quadril (NCAQ), uma complicação que afeta até 3% dos pacientes e resulta em dor neuropática e fraqueza muscular. Nesse cenário, tendo em vista a alta morbidade associada à NCAQ, este estudo objetiva avaliar a importância da reabilitação precoce, com enfoque multidisciplinar, na tentativa de minimizar os danos neuropáticos relacionados à manipulação cirúrgica. Para o desenvolvimento do presente estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica mediante a coleta de artigos originais, publicados nos últimos 20 anos, em língua inglesa e portuguesa, nas principais bases de referência de dados, como SciELO e PubMed, a fim de garantir maior confiabilidade às informações apresentadas. A partir da análise dos estudos, percebeu-se que diversas modalidades podem ser associadas na tentativa de minimizar os danos relacionados à NCAQ, dentre elas, tem-se a fisioterapia, farmacoterapia e, em alguns casos, uma reabordagem cirúrgica. Embora possam ser associadas ao pós-operatório tardio, observa-se um melhor prognóstico quando as intervenções são feitas de forma pré e intra-operatória, além do pós-operatório imediato. Assim, quanto mais precoce o início do processo de reabilitação, principalmente se multimodal, melhor a recuperação da mobilidade pelo paciente, que tende ao retorno mais precoce às atividades laborais e habituais, menor a resposta endócrino-metabólica e imunológica ao trauma cirúrgico, que reduz, também, os quadros álgicos associados à neuropatia, além de melhorar, indiscutivelmente, a qualidade de vida dos indivíduos acometidos pela doença.
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