Farmacoeconomia do tratamento da Artrite Reumatoide e seu impacto na saúde pública
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 3 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n3-478
ISSN2595-6825
AutoresCezar Arruda de Oliveira Filho, Isadora Cordeiro Kobayashi, Waldenise Cossermelli,
Tópico(s)Biosimilars and Bioanalytical Methods
ResumoA artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica que afeta cerca de 1% da população brasileira. Nas últimas décadas, com o aprimoramento e desenvolvimento de novas tecnologias na indústria farmacêutica, novos medicamentos, em especial os imunobiológicos, foram introduzidos para o tratamento da AR. O surgimento destes agentes contribuiu, quantitativamente e qualitativamente para o controle eficaz da inflamação reumatoide. Devido à alta necessidade de investimento para desenvolvimento e fabricação desses medicamentos, o preço no mercado é muito elevado tornando-os muitas vezes, inacessíveis, sendo denominados de alto custo. Sendo o Brasil um dos poucos países que possui um Sistema Único de Saúde, há a possibilidade de tratamento da AR com esses novos medicamentos através de capital repassado pelo fundo de saúde aos órgãos responsáveis por esse controle. Na última década, alguns estudos começaram a investigar o impacto desses medicamentos no orçamento destinado a compra de medicamentos do SUS. Neste estudo, escalonamos os gastos públicos com medicamentos de alto custo para tratamento da AR, através da coleta e análise de dados de prontuários fornecidos pelo ambulatório de especialidades da Faculdade de Medicina de Jundiaí, que realiza atendimentos em reumatologia. A partir desse levantamento, pretende-se fomentar um questionamento na área da saúde a respeito do destino do capital investido pelas agências do governo, analisando o contexto e necessidade do uso de medicamentos de alto custo, que podem estar associados ao diagnóstico tardio da AR. Em última instância, este trabalho visa iniciar uma discussão sobre a política aplicada da medicina preventiva, com investimento em diagnóstico precoce, evitando que a doença chegue em estágios avançados que necessitam de medicamentos mais potentes e de custo elevado, redirecionando e até mesmo reduzindo, gastos públicos finais.
Referência(s)