Artigo Revisado por pares

Oxalá cresçam pitangas e É dreda ser angolano: uma análise comparada das construções narrativas de identidades nessas obras

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português

10.9771/rvh.v14i1.51347

ISSN

1982-4238

Autores

Paula Faccini de Bastos Cruz,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Neste artigo buscamos analisar como se constroem as narrativas identitárias da população de Angola, por meio do estudo comparado de suas obras, Oxalá cresçam pitangas (2006) e É dreda ser angolano (2007), do ponto de vista dos seus produtores. Para tanto, estudou-se a formação de uma tradição de filmes de documentário como forma de linguagem cinematográfica nesse país. O discurso identitário sempre se fez presente, transmutando-se com o tempo, em função da mudança do lugar de fala de cada produção. Nesses dois filmes, as narrativas se constroem num país independente, não mais em guerra civil, porém extremamente autoritário, o que determinou graves restrições de censura. Seus produtores são personalidades em evidência na cultura angolana de sua geração: Ondjaki, escritor, ganhador de vários prêmios literários, mostra sua dimensão de cineasta, dividindo a realização de Oxalá com Kiluanje Liberdade, um dos maiores documentaristas angolanos da década de 2010. Dreda foi produzido pela Família Fazuma, um grupo de artistas ativistas políticos, como Pedro Coquenão e Luaty Beirão, hoje membros da resistência ao governo no país.

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