REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE COM DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA: ESTUDO DE CASO
2024; Arche Scientific and Editorial Consultancy; Volume: 10; Issue: 7 Linguagem: Português
10.51891/rease.v10i7.14860
ISSN2675-3375
AutoresAna Lúcia Rangel Dias Gomes, Jaqueline Fernandes dos Santos, Larissa dos Santos Moura, Rafaela Marins Pereira Ceresini, Marília Salete Tavares, Elaine Aparecida Pedrozo Azevedo, José Gabriel Werneck,
Tópico(s)Healthcare during COVID-19 Pandemic
ResumoA Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma condição aterosclerótica que reduz o lúmen vascular nos membros inferiores por meio de um processo inflamatório que leva à formação de placas ateroscleróticas. Esse processo começa com a penetração e oxidação do LDL nas células endoteliais lesionadas, provocando uma resposta inflamatória que resulta na formação de células espumosas e no acúmulo de lipídios. Com o tempo, essas placas reduzem a complacência vascular e a perfusão periférica, especialmente nos membros inferiores, aumentando o risco de tromboses e complicações cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular encefálico (AVE). Indivíduos com comorbidades como hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, diabetes mellitus (DM) e tabagismo são mais propensos ao desenvolvimento de DAOP, com o DM e o tabagismo sendo os fatores de risco mais significativos. O objetivo deste estudo é documentar o plano de tratamento fisioterapêutico utilizado nas estratégias de reabilitação aplicadas a uma paciente com diagnóstico de DAOP, além de avaliar a evolução clínica da paciente e identificar os desafios enfrentados durante o processo de reabilitação e as adaptações necessárias. Métodos: Este estudo de caso foi desenvolvido na clínica de ensino em fisioterapia do Campus I da Universidade Iguaçu, localizada na Avenida Abílio Augusto Távora, 2134 - Nova Iguaçu, RJ. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), conforme o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) número 51045021.2.0000.8044. A pesquisa envolveu uma paciente de 69 anos com diagnóstico médico de DAOP. Antes de iniciar o estudo, a paciente assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), permitindo a utilização de seus dados para a descrição e análise deste relato de caso. Resultados: Nossa paciente apresenta, como sequela da DAOP, amputação supra-patelar no MID, com hipotonia e sarcopenia no coto. Durante os atendimentos, utilizamos a FES no coto, no modo sincronizado, pulso 250, ON 7”, decay 1”, OFF 15”, rise 2”, intensidade suportável, tempo 20 minutos, para melhora do tônus, preservação e recuperação do mesmo. Utilizamos mobilizações articulares passivas aplicadas nas articulações e tecidos moles, utilizando velocidades e amplitudes variadas, e alongamento terapêutico para ganhar amplitude de movimento e mobilidade adequada dos tecidos, prevenindo lesões recentes e recidivas e dores musculoesqueléticas. Embora o quadro não tenha sido revertido e a reavaliação não tenha sido possível, devido à internação da paciente para uma nova abordagem cirúrgica, verificamos que os exercícios propostos proporcionaram melhora na hipotonia, no bem-estar da paciente e na amplitude de movimento, ajudando a prevenir a evolução de deformidades. Isso destaca a importância do atendimento e acompanhamento especializado na recuperação de pacientes em condições similares. Conclusão: A experiência com a paciente mostra que, apesar da gravidade do seu quadro clínico, é viável alcançar melhorias significativas na hipotonia e na amplitude de movimento. No entanto, para pacientes com condições semelhantes, é necessário um acompanhamento especializado e contínuo a longo prazo. Isso reforça a importância de um tratamento integrado e coordenado, que maximiza os benefícios terapêuticos, previne complicações e aumenta as chances de recuperação.
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