A Rejeição a Barack Obama e a crescente influência da ultradireita no Partido Republicano (2008-2016)
2024; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português
10.29327/252935.15.1-4
ISSN2236-4811
AutoresAndré Mendes Pini, Guilherme Frizzera,
Tópico(s)Populism, Right-Wing Movements
ResumoAo longo das primeiras décadas do século XXI, o Partido Republicano passou por uma mudança substancial à medida que começou a abraçar com mais firmeza ideologias e figuras de ultradireita. Esta transformação tornou-se evidente com a escolha de Donald Trump nas primárias de 2016 e a sua subsequente eleição como Presidente. Embora essa trajetória seja multicausal, este artigo pretende elucidar como a rejeição de Barack Obama desempenhou um papel fundamental na crescente influência da ultradireita dentro do Partido Republicano. O argumento central apresentado neste artigo é que a rejeição de Obama, motivada por considerações raciais, catalisou a convergência do Partido Republicano em torno de agendas de ultradireita. O que diferencia este estudo é o uso inovador da metodologia de process-tracing para descobrir os mecanismos causais por trás dessa transformação. A partir da determinação da radicalização republicana enquanto a variável dependente identificou-se três atores fundamentais que influenciaram nesse processo: a. Os Paleoconservadores; b. Donald Trump, e c. O Tea Party. A atuação conjunta desses três atores foi responsável pela incorporação de agendas nativistas, xenófobas e autoritárias ao Partido Republicano, contribuindo para o processo de aproximação à ultradireita.
Referência(s)