
o lugar dos bebês no confronto com o adultocentrismo: possibilidades a partir da cartografia e da filosofia da diferença
2024; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 20; Linguagem: Português
10.12957/childphilo.2024.81050
ISSN2525-5061
AutoresVanessa Chaves, Vinícius Bertoncini Vicenzi,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoEste artigo constitui-se como um ensaio para pensar práticas pedagógicas com bebês a partir de uma filosofia da infância que não esteja moldada por discursos adultocêntricos. O debate em torno do enfrentamento do adultocentrismo tem historicamente se concentrado mais sobre as crianças do que sobre os bebês. O presente artigo busca lançar questões a respeito de se pensar os bebês não a partir da visibilidade dos seus rótulos, marcados por uma visão cronológica, mas a partir de uma concepção que permita perceber as suas ações e os seus desenvolvimentos desde a sua diferença imanente. Subdividido em seções que envolvem a perspectiva do devir-criança de Gilles Deleuze e a concepção de cartografia de Gabriela Tebet, também nos permite imaginar outros cenários para a infância e uma possibilidade de perceber os bebês como protagonistas. Buscamos, assim, a compreensão de novas percepções com os bebês, buscando repensar a relação que travamos com eles. Pensar os bebês a partir de um discurso devir-criança é estudar as redes que constituem a infância a fim de compreender os movimentos entre os planos de imanência e de organização dos bebês. Não é estudar o indivíduo, assim como não é estudar nenhuma verdade objetiva dada a priori. Desse modo, o pesquisador processa os novos espaços e percorre caminhos em busca de conhecer quem são esses sujeitos que surgem como forma de ruptura. Propomos colocar em questão as ideias que envolvem a infância explorando os ideais pedagógicos modernos que a marcaram, na busca de vivenciar a infância e na compreensão de uma prática pedagógica com bebês capaz de ser um tempo de alegria e de intensidade da vida.
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