
Os Super-humanos (1929): anarquismo, desejo e evolucionismo em Han Ryner
2024; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 10; Issue: 20 Linguagem: Português
10.26512/rhh.v10i19.40914
ISSN2318-1729
Autores Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoEste artigo pretende analisar o conceito de evolução presente no romance distópico Os Super-humanos, escrito pelo anarquista individualista francês Han Ryner, publicado em 1929. O romance apresenta uma teoria da evolução hibridizada, a qual mistura elementos neolamarckistas, catastrofistas e da teoria dos saltos, com concepções evolucionárias de cunho místico e profético, como aquelas propostas por Michel Savigny, além de dialogar com as concepções éticas características do anarquismo individualista. Os principais personagens da obra, ou seja, os Superelefantes, os Superanjos e os Imortais são, simultaneamente, resultado do processo evolutivo e do desejo de ascensão dos seres. Ressaltam-se, no contexto de fortalecimento do pensamento autoritário do entreguerras, as críticas ao desejo de dominação dos Superelefantes e a lírica defesa dos princípios anarquistas individualistas de Han Ryner, como o pacifismo e o antimilitarismo, nos cânticos dos Superanjos.
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