O regime colonialista instalado em Manarairema, do ponto de vista dos protagonistas de A hora dos ruminantes, de José J. Veiga
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 7 Linguagem: Português
10.55905/revconv.17n.7-235
ISSN1988-7833
Autores Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoEste artigo objetiva analisar como, a partir de seus personagens principais – o carroceiro Geminiano, o microempresário Amâncio, o carpinteiro Manuel e o ferreiro Apolinário –, a progressão narrativa de A hora dos ruminantes (2022), de José J. Veiga, representa as fases de eclosão, consolidação e derrocada do regime colonialista instalado na fictícia Manarairema. Nesse ínterim, investigaremos os pontos de vista expressados por esses quatro protagonistas acerca da relação de poder autoritária imposta por estrangeiros recém-chegados à região sobre os seus habitantes nativos e como cada um dos componentes desse mesmo quarteto atua diante das diversas fases desse regime autoritário, seja atuando em favor dos nativos oprimidos – o caso de Apolinário –, seja defendendo os opressores – o caso de Amâncio –, seja conformando-se com o status quo autoritário – o caso de Manuel -, seja rendendo-se a esse mesmo status quo em virtude de não sentir-se plenamente aceito sequer pela comunidade nativa de que é originário – o caso do negro Geminiano em Manarairema, majoritariamente formada por nativos brancos. O desenvolvimento deste trabalho se dá por técnica bibliográfica e suas conclusões resultam do confrontamento de trabalhos de fortuna crítica que tratam diretamente da obra, como Amâncio (2019), Paganini (2007), Kohlrausch e Augstburger (2018), Santos (2008), Santos (2022) e Röhrig (2011), com textos fundamentais aos estudos pós-coloniais – sua linha teórica –, como Fanon (1968, 2008, 2022) e Hall (2006).
Referência(s)