“Ecoalfabetização ancestral”: por uma valorização dos saberes indígenas para um futuro sustentável na América Latina
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 7 Linguagem: Português
10.55905/cuadv16n7-107
ISSN1989-4155
AutoresAntônio Nacílio Sousa dos Santos, Juliano Jorge de Freitas Salgado, Carlos Rigor Neves, Emanuel Tarcísio de Santana Melo, Kennya Rodrigues Nunes, Maria Martins Formiga, José Aurimar dos Santos Angelim, Giovana Mylena Silva Soares, Adailton Nunes de Moura, Franderlan Campos Pereira, Kleberson Ricardo de Oliveira Pereira, Joas Serra Coelho, Marilda Morais da Costa, Emílio Morais da Costa, Diane Cristina Araújo Domingos, Victor Claudio Gomes de Oliveira,
Tópico(s)Environmental Sustainability and Education
ResumoO artigo aborda a ecoalfabetização, enfatizando a importância de reconhecer e integrar os saberes ancestrais dos povos indígenas na América Latina. Problematiza-se a forma como esses povos são representados, destacando a necessidade de superar estereótipos que os veem como arcaicos e reconhecer sua contemporaneidade e protagonismo político. A ecoalfabetização é definida como educação para uma vida sustentável, compreendendo os princípios de interdependência, ciclos naturais contínuos e a importância da diversidade para a sustentabilidade. A metodologia utilizada é a investigação-criação, que combina pesquisa acadêmica com práticas artísticas, permitindo explorar profundamente as tradições indígenas. Essa abordagem visa revitalizar e legitimar conhecimentos marginalizados, promovendo um diálogo intercultural inclusivo. Os teóricos centrais incluem Capra (1997; 1999; 2006; 2013), que introduziu o conceito de ecoalfabetização, e Cusicanqui (2016; 2017), que discute a identificação processual dos povos indígenas, entre outros teóricos não menos importante. Constatamos que, apesar da consciência sobre a necessidade de ecoalfabetização, as estratégias adotadas até agora não foram eficazes. Propõe-se, portanto, uma nova abordagem que visibilize os saberes ancestrais indígenas através da arte, enriquecendo o processo educativo e promovendo um relacionamento sustentável com a natureza. Conclui-se que legitimar esses saberes exige reconhecer a diversidade e a historicidade das práticas culturais indígenas, superando a marginalização histórica e educando para um mundo mais sustentável e inclusivo.
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