Artigo Acesso aberto Revisado por pares

SAÚDE E VULNERABILIDADE: UM MAPA DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA DA POPULAÇÃO NEGRA DE JABOATÃO DOS GUARARAPES

2024; Faculdade Novo Milênio; Volume: 17; Issue: 7 Linguagem: Português

10.54751/revistafoco.v17n7-078

ISSN

1981-223X

Autores

Priscila de Vasconcelos Silva, Luíza Coelho Alves de Paula, Alexandra Ferreira Silvestre, Rebeca Maria Domingues Albertina da Costa, Paulo Antonio Corrêa de Souza Filho, Lais Rocha de Andrade, Jenniffer Layane Vieira da Silva, Yolanda Batista Moreira, Rodrigo Felipe de Vasconcelos Pessanha, M. APOLINÁRIO, Fabiane Feitosa de Mello, Jéssika Barbosa Ribeiro,

Tópico(s)

Indigenous Health and Education

Resumo

Diante de sociedades socioeconomicamente desiguais, o processo saúde-doença é influenciado por vulnerabilidades sociais responsáveis por dificultar o acesso da população à saúde. Esta demanda torna-se ainda mais marcante quando o aspecto racial é acrescido à análise, visto que a população negra ocupa uma posição social historicamente marginalizada, estando imersa em um ciclo de racismo estrutural que negligencia e rouba direitos. Este contexto é muito evidente em contingentes populacionais elevados e marcados pela desigualdade social, como na cidade de Jaboatão dos Guararapes - PE, onde a porcentagem de moradores com renda menor que meio salário mínimo é de 45,42%, número superior a porcentagem média da região metropolitana de Recife (41,91%), segundo o DATASUS. Quanto a outras condições sociais que influenciam na saúde da população, Jaboatão dos Guararapes é a segunda cidade da Região Metropolitana com maior número de domicílios sem instalação sanitária (1771 moradias) e sem água encanada (154.873 moradias); além de ser a primeira cidade da região metropolitana no ranking das que mais descartam lixo em terrenos baldios e logradouros públicos (8.691 moradias descartam lixo incorretamente). Segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Pernambuco (dados mais recentes - ano 2010), em relação à taxa de analfabetismo, Jaboatão possui uma média (8,61) maior que a média da Região Metropolitana (8,47). Quais seriam, então, os espaços ocupados pela saúde do cidadão negro e pobre diante destas demandas sociais da cidade? É possível notar, através de questionamentos como este, que a discussão responsável por relacionar raça, desigualdade e acesso à saúde torna-se cada vez mais necessária, pois esta agenda é capaz de trazer à Medicina um olhar holístico que permite entender o paciente como um todo, dentro das ausências sociais que o cercam.

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