Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Fantasmas de vitrine

2024; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Issue: 32 Linguagem: Português

10.23925/1983-4373.2024i32p175-195

ISSN

1983-4373

Autores

Maura Voltarelli Roque,

Tópico(s)

Retinal and Macular Surgery

Resumo

Este artigo propõe outro modo de olhar a poesia de Drummond por meio da análise do poema “A loja feminina”. A partir de uma metodologia da montagem de tempos, gêneros e linguagens artísticas diversas, buscamos abrir, de maneira fantasmal e erótica (sem esquecer a ambiguidade do erotismo visto por Georges Bataille), um poema que, em um jogo cênico de espelhos, artifícios e ornamentos, explora a fascinação da palavra feita imagem, da imagem feita palavra. No desenlace da cena dramática, leitor e poeta se dissolvem no “enigma de formas permutantes”, a restar como mais um, entre tantos, nomes da Ninfa, essa singular personagem teórica de Aby Warburg, reproposta na contemporaneidade por Georges Didi-Huberman, presença espectral a invadir os versos. Eis que nos, movimentos tardios dessa obra poética movediça, descobrimos uma vida mais intensa – a vida das imagens, pensada por Baudelaire, Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Emanuele Coccia.

Referência(s)