2022

2024; Volume: 37; Issue: 80 Linguagem: Português

10.47240/revistadaesg.v37i80.1269

ISSN

2675-2174

Autores

Maria Célia Barbosa Reis da Silva,

Resumo

Este texto pretende lançar luzes sobre a Semana de Arte Moderna, ocorrida no ano do centenário da independência, manifestação artístico-cultural ocorrida no Teatro Municipal de São Paulo, templo de arte europeia frequentado pela elite. Essa Semana foi marcada pelas contradições de seus participantes, a começar pelo seu mecenas Paulo Silva Prado, herdeiro de importante família paulistana, com lastro em negócios vinculados à cafeicultura e ao investimento nos setores bancário, industrial e imobiliário. Os escritores e os artistas partícipes da Semana flertavam com ideologias fascistas, socialistas, anarquistas, mas tinham em comum o anseio de rever a cultura e a identidade brasileira no viés nacional, recuperando nossas raízes. O artigo busca também propiciar um diálogo entre o centenário da Semana de 1922 com o bicentenário da Independência do Brasil e provocar reflexões acerca da emancipação política do Brasil, observada como um processo em movimento, já que os mandos dos ricos e da elite privilegiam, em parte, os ociosos, cujos ganhos, no passado, advêm dos escravos e hoje dos excluídos que lutam para sobreviver apesar das adversidades.

Referência(s)