A dimensão emocional da cognição: de Schopenhauer à psicologia moderna

2024; Volume: 5; Issue: 2 Linguagem: Português

10.58942/rqs.v5n2.202411

ISSN

2675-570X

Autores

André Henrique Mendes Viana de Oliveira, Ferdinand de Oliveira Lima Filho,

Tópico(s)

Hume's philosophy and hair distribution

Resumo

Por meio de pesquisa teórico-bibliográfica, e de caráter sistemático, analisamos a relação entre o aspecto volitivo (vontade) e o aspecto lógico-racional no contexto de debates argumentativos, utilizando como ponto de partida para isso a filosofia do pensador alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860), em específico a parte de sua obra que envolve a chamada dialética erística, método que concerne à arte do debate argumentativo. Partimos dos pressupostos epistemológicos da filosofia de Schopenhauer para em seguida apresentarmos sua concepção de que o conhecimento humano é organicamente dependente das funções mais básicas e gerais do corpo, sendo tais funções direcionadas pelo que Schopenhauer conceitua como vontade, principal conceito de seu sistema filosófico. Estando assim o intelecto humano submetido aos direcionamentos da vontade (impulsos volitivos), procuramos apontar como, no contexto de debates argumentativos, a dimensão pretensamente lógica e racional pode estar submetida à vontade (inconsciente e irracional) do indivíduo que argumenta. Por fim, apresentamos algumas pesquisas correlatas na Psicologia científica, desenvolvidas já a partir do século XX, que apontam para uma forte influência da dimensão emocional sobre a cognição humana, o que corrobora as ideias de Schopenhauer a respeito deste tema.

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