
Crise climática e os novos desafios para os sistemas de saúde: o caso das enchentes no Rio Grande do Sul/Brasil
2024; Centro Brasileiro de Estudos de Saúde; Volume: 48; Issue: 141 Linguagem: Português
10.1590/2358-28982024141edp
ISSN2358-2898
AutoresMaria Lúcia Frizon Rizzotto, Ana Maria Costa, Lenaura de Vasconcelos Costa Lobato,
Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoOS EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO PLANETA, previstos pelos cientistas para as próximas décadas, anteciparam-se.Nos primeiros meses de 2024, ocorreram enchentes em países da África (Quênia) e da Ásia (Indonésia, Afeganistão), deixando centenas de mortos e milhares de desabrigados.Em maio, no Brasil, as chuvas causaram a maior tragédia da história do estado do Rio Grande do Sul e uma das maiores do País.O estado possui uma população de 10.880 milhões de habitantes que residem em 497 municípios, dos quais 90,9% (452) foram atingidos pelas enchentes, muitos deles completamente destruídos.A tragédia, além dos danos materiais incalculáveis (destruição de casas, comércio, plantações, estradas, aeroporto, infraestrutura em todas as áreas), causou, até o dia 25 de maio, a morte de 169 pessoas, e 61 seguem desaparecidas.Cerca de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas, 650 mil foram desalojadas e 71.500 estão desabrigadas (acolhidas em abrigos públicos).Além disso, centenas delas não poderão mais voltar para suas casas por estas terem sido levadas pela enchente e por estarem em áreas de risco, sendo impossível reconstruí-las no mesmo lugar 1 .Na área da saúde, mais de 3 mil estabelecimentos de saúde foram atingidos 2 .A ação dos governos estadual e municipais teve o apoio humano e financeiro imediato do governo federal, que enviou mais de 20 mil profissionais dos diferentes ministérios para auxiliar na reconstrução do estado e destinou mais de R$ 51 bilhões em diferentes programas, direcionados aos setores produtivos e às famílias atingidas,
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