Tumor sólido-cístico pseudopapilar do pâncreas multicêntrico submetido à gastroduodenopancreatectomia total: relato de caso e revisão da literatura

2024; Volume: 5; Issue: 3 Linguagem: Português

10.46919/archv5n3espec-140

ISSN

2675-4711

Autores

Victor Fajardo Bortoli, Tífanny Beatriz Brito Mendes, Lucas Montenegro de Souza, Maria Luiza Miranda Matos,

Tópico(s)

Pancreatic and Hepatic Oncology Research

Resumo

O Tumor Sólido-Cístico Pseudopapilar do Pâncreas (TSCPP) é uma rara neoplasia, observada pela primeira vez em 1927 em uma mulher de 19 anos. Porém, foi descrita somente em 1959, por Frantz, como “tumor papilar do pâncreas” (Costa et al., 2007). Várias definições foram atribuídas a este tumor ao longo do tempo, incluindo neoplasia papilífera sólido-cística, tumor sólido-cístico acinar, neoplasia sólida papilífera, carcinoma cístico papilífero, tumor papilífero sólido-cístico e tumor pseudopapilífero. Entretanto, em 1996, a Organização Mundial da Saúde designou o tumor como TSCPP (Henriques et al., 2007). Apesar da incidência e do grau de malignidade serem baixos, é uma neoplasia descrita cada vez mais na literatura. Com prevalência característica no sexo feminino, em maior parte entre a segunda e terceira década de vida (da Silva Júnior e Sousa, 2023). Os TSCPP possuem crescimento lento, por isso, quando diagnosticados, o tamanho do tumor varia entre 7 e 20 cm. Podendo acometer todo pâncreas, quando presente, pode apresentar sintomas inespecíficos. Os pacientes quando sintomáticos relatam dor abdominal, hiporexia e náuseas. Pode ser presenciado também, tumoração abdominal, não estando relacionado diretamente às manifestações apresentadas (Portela et al., 2011). Dentre as opções de investigação diagnóstica, o ultrassom e a tomografia são os exames mais apropriados. Nota-se uma massa pancreática bem delimitada, encapsulada, com presença de calcificações e padrão sólido e cístico (Maluf, Zahdi e Valdez, 2008). Presença de metástases hematogênicas são raras e os marcadores tumorais são de pouca elucidação diagnóstica (PartezanI et al., 2013). O tratamento dependerá da topografia do tumor e preza pelas estruturas próximas. As técnicas mais indicadas são a duodenopancreatectomia com preservação do piloro e pancreatectomia corpo caudal com preservação do baço. Além disso, os tratamentos adjuvantes, como a quimioterapia e a radioterapia, são limitados devido aos bons resultados das técnicas operatórias (Nemer et al., 2017). Este trabalho tem por objetivo discutir sobre o Tumor Sólido-Cístico Pseudopapilar do Pâncreas, um caso atípico de neoplasia abdominal, com diagnóstico raro e presença de poucos casos relatados na literatura.

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