
Balanço de denudação na Depressão Periférica Paulista
2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO; Volume: 17; Issue: 4 Linguagem: Português
10.26848/rbgf.v17.4.p2991-3007
ISSN1984-2295
AutoresEder Paulo Spatti, Fabiano Tomazini da Conceição, D. S. Sardinha, Alexandre Martins Fernandes,
Tópico(s)Geological formations and processes
ResumoA determinação do balanço de denudação através das taxas de erosão química (intemperismo das rochas) e mecânica (remoção dos solos) é essencial para o entendimento da evolução geomorfológica em uma bacia hidrográfica. A bacia hidrográfica do Rio Corumbataí, pertencente a Depressão Periférica Paulista, tem sua geologia composta por rochas sedimentares, principalmente arenitos e argilitos. No intuito de proporcionar novos conhecimentos sobre a atual evolução geomorfológica no estado de São Paulo, o objetivo deste trabalho foi determinar o balanço de denudação na Depressão Periférica Paulista, utilizando dados hidrológicos, hidroquímicos, das rochas e dos solos. Para isso, foram escolhidas duas bacias hidrográficas de pequeno porte com composição litológica predominantemente arenosa e argilosa, ou seja, as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. As taxas de erosão química foram de 16,4 m/Ma para a bacia do ribeirão Monjolo Grande e 6,6 m/Ma para a bacia do Ribeirão Jacutinga. As taxas de erosão mecânica foram de 29,2 m/Ma para a bacia do Ribeirão Monjolo Grande e 11,8 m/Ma para a bacia Ribeirão Jacutinga. A diferença das velocidades de formação dos perfis de alteração e remoção dos solos leva a um desequilíbrio no balanço de denudação, com taxas de denudação de 12,8 m/Ma e 5,2 m/Ma para as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. Tais valores refletem a influência fundamental da litologia, declividade e clima na evolução geomorfológica. Entretanto, as mudanças atuais no uso da terra podem estar aumentando a erosão mecânica, influenciando diretamente o balanço de denudação.
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