“Como espelhos da alma”: refletindo a complexidade da reconfiguração da sociabilidade intrafamiliar a partir dos sujeitos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 7 Linguagem: Português
10.55905/revconv.17n.7-445
ISSN1988-7833
AutoresAntônio Nacílio Sousa dos Santos, Liliane Afonso de Oliveira, J. Silva, Elisa Cristina Siqueira Van Ginkel, Luciandro Tassio Ribeiro de Souza, Francisco Nordman Costa Santos, Cristiano Corrêa de Paula, Antônio José Araújo Lima, Daniela Neimoeg Nickel, Ítalo Rodrigo Paulino de Arruda, Elvice de Fátima Correia Rocha, José Ronaldo da Silva Bezerra, Tatiana Krüger Cabral, Karla Mikaelly Araújo Noleto, Daniela da Silva Ribeiro,
Tópico(s)Child Welfare and Adoption
ResumoA família constitui o núcleo fundamental onde os seus membros têm os primeiros contatos interpessoais e experiências sociais, através dos quais se identificam como indivíduos. A partir das vivências e interações dentro deste contexto, são estabelecidos valores, normas morais e perspectivas que moldam a vida dessas pessoas, influenciando outros aspectos da existência e exercendo um impacto significativo sobre o “eu” individual e coletivo. Nesse sentido, para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a família funciona como um espelho que molda suas visões de vida, contextos, implicações sociais, consequências das ações e outros desenvolvimentos pessoais. Esta pesquisa visa examinar as dinâmicas familiares no contexto do TEA à luz do princípio hologramático da Teoria da Complexidade proposta por Edgard Morin (1995). O estudo emprega uma metodologia qualitativa (Minayo, 2016), teórica (Schimidt & Bose, 2003) e compreensiva (Weber, 1999), baseada em uma revisão da literatura (Galvão et al., 2010). Destacamos como o princípio hologramático é fundamental para compreender a complexidade das interações familiares, onde a pessoa com TEA é como um espelho, refletindo e sendo refletido nas sociabilidades intrafamiliares. Sob essa perspectiva, argumentamos que os cuidados e intervenções devem considerar a família como um sistema dinâmico e interconectado, inspirando políticas e práticas clínicas, educacionais, culturais e sociais mais eficazes para as famílias que recebem o reflexo (Lahire, 2006) dos indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sugere-se que pesquisas futuras explorem como os princípios do pensamento complexo podem ser aplicados em programas de capacitação para profissionais da saúde, além de investigar abordagens transdisciplinares e interprofissionais que adaptem as intervenções para atender de forma personalizada às necessidades específicas de cada família que inclui indivíduos com TEA.
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