Abordagem diagnóstica e terapêutica dos tumores cerebrais: desafios e avanços no manejo clínico e cirúrgico
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 7 Linguagem: Português
10.55905/revconv.17n.7-434
ISSN1988-7833
AutoresA. Sperber, Isadora Valeriano de Paula Reis, Renato Martins Antunes, Pedro Augusto Reis e Reis, Débora Milene Diniz,
Tópico(s)Glioma Diagnosis and Treatment
ResumoTumores cerebrais são neoplasias intracranianas complexas que representam um desafio significativo na prática clínica neurocirúrgica e neurológica. Sua incidência tem aumentado gradualmente, impactando a saúde pública globalmente. A diversidade biológica desses tumores resulta em apresentações clínicas variadas e respostas heterogêneas aos tratamentos disponíveis. Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática utilizando bases de dados biomédicas como PubMed, Scopus, Web of Science e Google Scholar. Os termos de busca incluíram "tumores cerebrais", "neoplasias intracranianas", "diagnóstico de câncer cerebral", e "tratamento cirúrgico de tumores cerebrais". A seleção dos estudos não teve restrições de idioma ou data, priorizando trabalhos que abordassem aspectos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos específicos. Tumores cerebrais frequentemente se manifestam com sintomas como cefaleia, convulsões, déficits neurológicos focais, entre outros. O diagnóstico preciso envolve o uso de técnicas avançadas de imagem como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), além de novas modalidades como PET-CT e RM funcional. A ressecção cirúrgica continua sendo a pedra angular do tratamento, facilitada por avanços como a navegação estereotáxica e a RM intraoperatória. Estratégias terapêuticas incluem cirurgia, radioterapia e quimioterapia, adaptadas conforme a histologia tumoral, localização e estado clínico do paciente. A cirurgia busca maximizar a remoção tumoral enquanto preserva as funções neurológicas. Técnicas como mapeamento cortical e tractografia por RM são essenciais para a precisão cirúrgica, reduzindo os danos ao tecido cerebral adjacente. Avanços recentes incluem o uso de terapias adjuvantes como radiocirurgia estereotáxica e quimioterapia direcionada, baseadas em biomarcadores genéticos e epigenéticos. A pesquisa está focada em novas estratégias como imunoterapia e terapias-alvo, explorando potenciais vantagens no tratamento de tumores refratários. Desafios como resistência terapêutica e complicações pós-operatórias continuam a ser áreas de investigação crítica. A gestão integrada e interdisciplinar dos tumores cerebrais é essencial, destacando a importância da colaboração entre especialidades médicas. A pesquisa futura visa identificar novos alvos terapêuticos e biomarcadores preditivos, promovendo tratamentos mais eficazes e personalizados. Questões éticas, como o consentimento informado e a equidade no acesso às inovações terapêuticas, são fundamentais para orientar o progresso responsável no campo dos tumores cerebrais.
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