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Treinamento de força e resistência muscular para pacientes com fibromialgia: uma revisão integrativa da literatura

2024; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português

10.24862/cco.v19i2.1521

1980-7058

Natane Moreira de Carvalho, Andrei Pereira Pernambuco, Betânia Maria Soares, Daniela Luzia Vilela, Ellen Cristina Faria, Istefani Gonçalves de Lacerda, Izabela Diniz Sales,

Musculoskeletal pain and rehabilitation

Introdução: A síndrome da fibromialgia (FM) é caracterizada por dor crônica e generalizada, fadiga, depressão, cefaleia e distúrbios do sono, além de uma série de sintomas somáticos que podem interferir negativamente na qualidade de vida e funcionalidade dos pacientes com FM. Objetivo: Organizar a informação disponível acerca dos parâmetros de execução e dos efeitos do treinamento de força e resistência muscular sobre a dor, qualidade de vida e funcionalidade de pessoas com FM. Métodos: Revisão sistemática de literatura nas bases PubMed e PeDro, foram incluídos apenas ensaios clínicos aleatorizados (ECA). Os descritores utilizados foram: “fibromyalgia and resistance training” e “fibromyalgia and strength training”. Resultados: A amostra final foi composta por 12 ECA, 646 mulheres com idade entre 18 e 65 anos. O protocolo mais utilizado foi: duas sessões semanais de 30 minutos, durante 12 semanas, com série única de 12 repetições e intensidade de 80% de 1RM. Os resultados intergrupos demonstraram que o treino de força se mostrou superior ao tratamento controle para dor em 25% dos estudos. Os participantes dos estudos apresentaram em média, uma melhora 34,2% na dor. A qualidade de vida e funcionalidade foram abordadas em 91% dos estudos. Desses, 54% apresentaram melhora significativa no desfecho. Conclusão: O treino de força e resistência muscular pode ser uma alternativa segura e viável para pacientes com FM já que pode contribuir para a melhora da dor, da qualidade de vida e da funcionalidade. Contudo a baixa qualidade metodológica da maioria dos artigos incluídos nesta revisão, prejudica a interpretação dos achados. ECA com maior rigor metodológico devem ser conduzidos a fim de esclarecer inconsistências ainda não endereçadas.