Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Eficácia do canabidiol no tratamento do Transtorno do Espectro Autista: uma revisão sistemática e meta-análise

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n4-142

ISSN

2595-6825

Autores

Caio Malef da Silva Soares, Talita Queiroz Ferraz, Alberto Lima de Souza Medeiros, Lyvia Maria Fernandes de Morais, Marília Cristina Gomes de Lima, Juliane Alves de Oliveira Duarte, Bruna Helena Leite Duarte Vale, Débora Yane Oliveira de Medeiros, Maria Eduarda Passos de Araújo Leão Melo, Maria Thereza Manuella de Lima Ferreira Barbosa, Flávia Arruda Jadoski, Caio Marques da Silva, Jordana Amorim Costa, Maíra Dias de Oliveira Campos, Lewis Pauling Mariz de Medeiros Araújo Freire, Lucas Dantas de Sousa, Adriano Nunes França, José Augusto de Medeiros Filho, REBECA REBOUÇAS DIAS, Vinícius Moraes Bierhals, Letícia Loreta Roque Stetter, Jéssica Medeiros Felizardo Alves, Ana Paula Stefanelo e Silva, Emanuely Pinheiro Gomes Mourato, Gabriel Lucas de Andrade,

Tópico(s)

Attention Deficit Hyperactivity Disorder

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desafios na comunicação social, interação social e comportamentos repetitivos. O uso de canabidiol (CBD), um composto não psicoativo da planta Cannabis Sativa, tem sido explorado como uma alternativa terapêutica devido às suas propriedades ansiolíticas, anticonvulsivantes e neuroprotetoras. Este estudo visa avaliar sistematicamente a eficácia do CBD no tratamento dos sintomas do TEA. A metodologia seguiu o protocolo PRISMA, incluindo as bases de dados PubMed, SciELO, BVS e Cochrane Library, que resultou na seleção de quatro estudos relevantes. Os resultados indicam que o tratamento com CBD proporciona melhorias em áreas como interação social, ansiedade, agitação psicomotora e comportamento repetitivo. Estudos relataram melhorias em autoagressão, hiperatividade e problemas de sono. A meta-análise mostrou uma diferença média padronizada combinada de 0,25 (IC 95%: -0,18 a 0,67), sugerindo uma tendência de melhora com o uso de CBD. A variabilidade entre os estudos foi moderada (I² = 40%). Em conclusão, os achados desta revisão sistemática indicam que o CBD pode ser uma adição interessante ao tratamento do TEA, com potencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, são necessárias pesquisas adicionais com amostras maiores e seguimentos a longo prazo para confirmar esses benefícios e estabelecer diretrizes claras de tratamento.

Referência(s)