
Entre a Estilística Spitzeriana e a Teoria Interacionista Blackiana: Uma Análise das Metáforas em A desumanização, de Valter Hugo Mãe
2024; FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL; Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português
10.55028/rpe.v11i1.20266
ISSN2359-0335
AutoresCristhyan Emanoel Monteiro Gomes,
Tópico(s)Linguistics and Discourse Analysis
ResumoA desumanização (2017) é o sexto romance do escritor português Valter Hugo Mãe. Neste trabalho, selecionou-se cinco metáforas contidas na obra com o objetivo central de analisá-las tanto como um instrumento cognitivo que produzem conhecimento, quanto um traço estilístico do autor. Desse modo, o instrumental teórico utilizado apoia-se especialmente nos pressupostos da teoria interacionista da metáfora e, também, na estilística literária de vertente spitzeriana. Tal percurso define metodologicamente a pesquisa enquanto um estudo bibliográfico. Para isso, recorreu-se às teses de Black (1966), cujo enfoque interacionista sobre as metáforas auxiliou no percurso analítico das sentenças metafóricas em pauta, e aos estudos sobre estilística organizados por Aguiar e Silva (1979), Martins (2012) e Monteiro (2009), dos quais utilizou-se a concepção de estilo adotado por Léo Spitzer para compreender a relação tênue entre as vivências de Mãe e o seu estilo expresso na obra. Os resultados nos apontam que as metáforas, na voz da personagem Halla, parecem operar como uma maneira de lidar com experiências que abrangem a morte e o luto. Portanto, conclui-se que as sentenças metafóricas geram similitudes e, assim, funcionam como recurso estilístico tal qual como produtoras de conhecimento para apreender questões que atravessam a condição de ser humano.
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