“Nem se o sujeito consumir uma baguete de cloroquina vai ser o suficiente”

2024; Volume: 11; Issue: 20 Linguagem: Português

10.21680/2446-5674.2024v11n20id33426

ISSN

2446-5674

Autores

Ana Paula Pimentel Jacob,

Resumo

O objetivo principal deste artigo é refletir sobre o projeto de Estado de biomedicalização na pandemia a partir de um grupo de pesquisadores que investigou a Hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19. Entrevistei 26 cientistas entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023. Em sua maioria, os pesquisadores são formados em medicina, homens brancos com mais de 40 anos e que fizeram ensaios clínicos sobre o uso de fármacos no tratamento da Covid-19. Para os cientistas entrevistados, os medicamentos estudados já estavam em uso pelos hospitais antes de suas pesquisas, o que conferia a necessidade de realizar estudos para confirmar ou não a eficácia desses tratamentos. No entanto, para outros cientistas, a rigor, a Hidroxicloroquina não precisaria de ensaio clínico para comprovar a sua ineficácia, já que os estudos pré-clínicos denotavam que o tratamento não traria os resultados esperados de melhoras nos pacientes diagnosticados com Covid-19.

Referência(s)